O tempo é transitório. A partir de uma maquete do ano de 2010, busco ressignificar o escoamento do tempo em um processo de deslocamento e transformação através do
sopro quente destes tempos de enclausuramento sob o signo da pandemia. Os corpos se modificam, derretem, se liquefazem, assim como os dias atuais, que parecem escorrer entre os nossos dedos, diluindo as fronteiras entre o real e o imaginário. O tempo passa a ser uma ilusão sem sentido, permeado pelo medo e pelas incertezas. O eterno é o instante.
O agora escoando sem forma, sem função e sem tempo.
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